sábado, 19 de junho de 2010

julgamentos sem argumentos

Todos julgam todos. Ninguém chegou ainda à mesma conclusão que eu? Ninguém ainda percebeu que somos todos iguais, ou pelo menos estamos no mesmo barco. Sejam pretos, brancos, altos, baixos, gordos, magros, homossexuais, heterossexuais. Para quê tanto preconceito? Para quê? No fundo, estamos todos no mesmo sítio. Nesta bola gigante a que chamamos Terra. Podem mudar de cidade, podem mudar de país, mas continuam a pertencer ao mesmo espaço, continuam a respirar o mesmo ar, continuam a viver no mesmo sítio embora muito distantes. Mais ninguém percebeu isso? Estarei eu a ficar maluca? Para além de preconceito, odeio rótulos. Também me odeio, por isso mesmo. Todos nós pomos rótulos, ou porque aquele é isto, porque o outro é aquilo. Odeio, odeio e volto a odiar. Mas vou continuar. É tão triste, somos todos tão tristes. E continuo a rotular. Parece que não consigo dizer algo em que não dê títulos a ninguém. Serei apenas eu? Estarei mesmo a ficar maluca?
Digam o que disserem: para mim, a cor da pele ou qualquer outra característica física, nunca será um argumento para qualquer julgamento.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

(não) chega

Chega. É o que estou farta de dizer, mas as palavras não chegam e quando digo as palavras em voz alta parece-me que é a mim que estou a tentar convencer. É esse o meu problema, ou o 'nosso' problema, acho que basta, não quero sofrer mais, mas não consigo parar. Digo-te que é o fim, mas volta tudo ao mesmo. É como um ciclo vicioso que já não consigo controlar. Entrei nisto, neste jogo, no teu jogo, a pensar que o controlo estava nas minhas mãos, e no início até estava, mas deixou de estar. Agora não sou eu, nem tu quem o controla. É outro alguém, infelizmente, parece ser bem mais forte que eu, que tu, e infelizmente, mais forte que nós.
Não são as palavras que me dizes que me fazem desistir, ou pelo menos, não completamente. Infelizmente, vejo tudo a enfraquecer e custa-me. Custa-me muito. Até eu estou a enfraquecer, não quero, mas não consigo evitar. Mostro a todos o quanto já ultrapassei isto, não quero que tenham pena de mim, mas é só uma faceta, não sinto nada disto. Quero chorar, mas não posso. É como se dentro de mim, aquilo por que chorava fosse razão suficiente e insuficiente, mas quando tenho de passar tudo para palavras, quando tenho de explicar a razão porque estou assim, tudo muda. Não parece tão grave, não existem as palavras certas.
É aí mesmo que digo chega. Mas infelizmente, desta vez o meu chega, não chega. É preciso mais. Muito mais. Esquecer-te seria o melhor? O problema é que não o quero fazer, e já não é o nosso problema, é o meu problema. Não quero nem consigo esquecer-te. E sinto-me demasiado masoquista ao ponto de dizer 'por ti, não me importo' porque importo-me. Importo-me de sofrer, como é óbvio.
Mas como tu, sinto-me demasiado inconstante. No momento, penso que estou a fazer o correcto ao afastar-me, ao afastar-te. No momento a seguir, quando me afasto de todos, sinto que foi errado. Tenho vontade de voltar atrás, mudar tudo.
Preciso de estabilidade, de calma e de confiança.
Infelizmente, isto tudo não chega, as minhas palavras já não (te) chegam. Tenho pena.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

grande

Gostaria de dar-te mais que isto, mas não posso. Não posso não, não consigo. Estou aqui e vou apoiar-te, nisto e em qualquer outra situação que possas vir a ter.
Mereces todo o respeito do mundo, tu e ela. Ela por toda a paciência que tem vindo a ter, por toda a força, a coragem para continuar. Tu por teres apoiado. As duas por terem perdoado. Não imagino como será, a verdade é essa. Sei que deve ser doloroso, não só à noite quando se deitam, mas durante todo o dia. Pensar que neste momento poderia não ser assim. Mas têm a sorte de serem quem são, de saberem o que é perdoar. Neste momento sinto orgulho em ti, muito orgulho. Se acontecesse comigo não teria nem metade da tua atitude. Como me farto de te dizer: és muito mais forte do que aquilo que pensas.
O que sofreram ninguém deveria sofrer, mas é isso mesmo que vos torna tão fortes e corajosas. Souberam enfrentar o problema, da melhor maneira que acharam. Não fugiram.
Esse é o vosso modo de perdoar, e é esse modo que admiro. Uma coisa é sofrer porque a vida é assim e não há mais nada a fazer, mas não foi isso, a verdade é que isto podia não ter acontecido, mas nada é fácil. E talvez achassem que era a vossa vez de aprender mais, não encaro o que vos aconteceu como um castigo, ou uma lição de vida, acho que foi mais uma coragem extra, um obstáculo para que soubessem que são mesmo fortes e não é qualquer coisa que vos deita a baixo.
Por mais coisas que digas, eu sei que te custa.
És grande, não só em altura. G-R-A-N-D-E!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

jamais

Só quero viver. Deixei de o fazer ao amar-te. É como se fosses tu a minha vida. Confesso que errei, fiz de ti a pessoa mais perfeita do mundo, e quem és tu agora? És um homem infiel e hipócrita. Mas amo-te. Custa-me amar-te tanto. Mas não o consigo evitar. Achei-me a pessoa mais sortuda do mundo por ser amada por ti. Todos os nossos momentos, todas as zangas que tive com os meus verdadeiros amigos, não valeram de nada. Estes melhores seis meses da minha vida, foram um zero. O que me teria feito feliz, fez-me chorar e nem sempre pelas melhores razões. Tudo o que reparaste, vieste a destruir e com maior intensidade. Tudo o que me vieste prometer, tornou-se na maior mentira que poderia viver. Tu és toda essa mentira. Foste e vieste, como tudo na vida. Foste a minha lição de vida, e é por isso que quando escrevo não sinto raiva. Podes ter feito todo o mal, mas para saber o que é amar, é preciso saber o que é sofrer. Já sei o que é. Agora sim, digo que sou feliz. Prometi a mim mesma, a partir de hoje, jamais porei um homem em frente aos amigos. Só depois. Quero que saibas que vou amar-te sempre, por tudo aquilo que me foste e, infelizmente, continuas a ser.

(encontrei o texto aqui, já tem algum tempo)

uma família

Passou um ano. Todos dizemos ''passou tão rápido'' ou ''nem acredito''.
Mas passou mesmo. Foi a melhor turma que alguma vez podia ter tido, a mais unida, a mais rica em amizades, em carinhos e até mesmo em parvoíces.
Mas era a minha turma, a nossa turma. A verdade é que não havia ninguém que se sentisse de parte. Todos fazíamos parte do mesmo. Era o nosso mundo, o nosso palco, a nossa casa e o nosso quarto. Era como se jogássemos em casa. Era a nossa segunda família.
Quando finalmente começo a sentir-me COMPLETAMENTE integrada numa turma é que nos separam. Querem separar-nos.
Depois de todos os esforços que fizemos e todos os obstáculos que vencemos.
Sozinhos não trabalhamos tão bem, como querem que estejamos bem? Claro que não estamos. Podíamos não estar todos juntos para o ano, mas a maior parte estaria. Como é óbvio a família não estaria completa, mas claro que como todas as famílias iríamos organizar jantares, falar dos assuntos que nos preocupavam.
Iríamos voltar a ver-nos.
Mesmo que duas pessoas estejam distantes, e passados muitos anos se encontrem, saberão sempre dizer que ''este pertence à minha família"
É como nós, eu tenho a certeza que quando formos mais velhos, nos vamos encontrar, sentar para uma refeição ou um café à pressa, iremos recordar os tempos de liceu, contar como nos correu a vida, se tivemos filhos ou não, se casamos ou continuamos solteiros.
Sim, porque eu acredito que um dia vou olhar para vocês, mais velhos e maduros, e vou dizer:
"Este/esta foi meu/minha colega de liceu. Fazia, aliás, ainda faz parte da minha segunda família"

Obrigada por este ano magnífico, onde quer que a vida nos leve, levar-nos-á juntos. Seja em carne e osso ou alma.

O 9C ficará sempre.
Uma família não termina, e o 9C não vai ser excepção, porque o 9C não tem fim.